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Abertura do Mercado Livre – Impactos no Mercado

Atualizado: 14 de mar.

O Mercado Livre brasileiro segue em expansão. Com a regulamentação que permite agora consumidores de média tensão, menores que 500 kW de demanda, migrarem para o ambiente livre de energia, há uma expectativa de competitividade bem como desafios para a gestão de cargas. A modalidade varejista já trouxe mais de 16.000 novas cargas para o Mercado Livre e quais os reflexos para os clientes atacadistas.


Abertura do Mercado Livre

 

Uma das novidades do setor elétrico em 2024 foi a possibilidade de migração de consumidores abaixo de 500kW de demanda.

A estimativa do tamanho do mercado é que em torno de 160 mil novas empresas poderão ter acesso ao mercado livre com preços mais competitivos e abaixo da tarifa das distribuidoras.

Tal movimento foi confirmado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) onde aponta que mais de 14,6 mil consumidores, majoritariamente empresas, já informaram às distribuidoras que vão migrar para o mercado livre de energia elétrica entre 2024 e 2025.

Dos 14.623 consumidores de energia que já decidiram migrar para o mercado livre de energia elétrica em 2024 e 2025, mais de 13,8 mil (94%) são consumidores de menor porte, com demanda menor de 500 kW, beneficiados pela Portaria 50/2022, caracterizando um mercado maior em varejo do que atacado, tais consumidores demandaram desafio de atendimento, produtos e serviços bem como utilização de suporte tecnológico.

A expectativa é que as empresas ganhem competitividade pagando menos na energia e aproveitando também dos baixos preços da energia da curva de até 2026, no entanto, em uma possível virada de preços do mercado, será um desafio a manutenção dos descontos frente ao mercado cativo em percentuais acima de 30%. Tal risco poderá ser mitigado através do acompanhamento de uma gestão ativa que se antecipa aos movimentos de preços de mercado buscando contratações com preços competitivos em comparação ao mercado cativo.


Bandeiras tarifárias.




Bandeira tarifária continua verde em março/2024, sem adicional nas contas de energia.

 

Situação Hídrica

 

O período úmido de 2023/2024 se encerrará mais cedo neste ano. O Climatempo prevê a acontecimento de apenas mais um fenômeno climático chamado Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) que é a responsável por criar o corredor de umidade da Amazônia para o Centro Sul do país. É esperado que os reservatórios no Sudeste/CentroOeste caiam 20 pontos porcentuais abaixo do nível do ano passado.

A estimativa é que para a partir do inverno o La Niña que apresenta menores temperaturas e mais chuvas no Norte e Nordeste, fique estabelecido

Por ora, o El Niño continua estável, recuou 0,1 grau Celsius, mas ainda continua acima do limite que determina essa classificação, que é de 1,5º Celsius acima da média.

O Operador Nacional do Sistema (ONS) acionou o sinal de alerta para este ano. Após o pior janeiro de chuvas da série histórica e recordes de demanda de energia, é esperado que os reservatórios das hidrelétricas chegarão pela metade ao período seco.

A situação mais provável para o trimestre março-abril-maio de 2024, é de precipitação normal e acima da média histórica para as bacias hidrográficas localizadas no estado do Rio Grande do Sul, e entre normal e abaixo da média para as bacias da Região Norte. O cenário hídrico, reflete naturalmente nos preços futuros. Nas últimas semanas já foi observado um aumento considerável no ano de 2025 e 2026 (com aumento de R$ 50,00/MWh e R$ 30,00/MWh respectivamente).



A situação em 2024 é distinta do que aconteceu em 2023, no qual a armazenagem de água nos reservatórios em abril encontrava-se perto dos 90% do total. A partir do final de 2023, algumas usinas térmicas foram acionadas para auxiliar nos horários de maior consumo, disse Ciocchi ao Estadão/Broadcast. Para o ano de 2024 a situação é bem confortável, mas já não é mais descartada a possibilidade do PLD sair do piso e os preços futuros já sofrerem aumento.




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