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Governo prepara Reforma do Setor Elétrico com Medida Provisória

  • gestao090
  • 19 de mai.
  • 4 min de leitura

Desde janeiro deste ano, vem sendo debatido uma Reforma no Setor Elétrico pelo MME com aval do Governo. Entre os principais pontos está a implementação da Tarifa Social e a fim de alguns subsídios que impactam diretamente as tarifas.


A Reforma busca se apoiar em três pilares fundamentais para o segmento: Justiça Tarifária, Liberdade para o consumidor via Mercado Livre e Equilíbrio Tarifários (Subsídios).


Justiça Tarifária


No Modelo atual, podem ocorrer distorções tarifárias que se acumularam na busca pela modicidade tarifária e atendimento universal do serviço. Assim, há locais com pior IDH mas com tarifa mais cara e locais do Brasil com melhor IDH e tarifas mais baixas.

O maior exemplo disso são as tarifas da ENEL – SP (região mais rica do País) e as tarifas da Equatorial Energia Maranhão – MA (região com um dos menores IDH´s do Pais). Como em SP há uma densidade de carga maior, o custo da infraestrutura é partilhado em mais consumidores e, por isso, a tarifa individual fica mais baixa.

Já na outra ponta, com menor densidade de carga e consumo médio menor, o custo da distribuidora fica dividido com um fator menor, ocasionando uma maior tarifa.

Para equalizar este problema e a atual complexidade tarifária, a Reforma do Setor prevê a Tarifa Social e Desconto Social que será atribuído da seguinte forma:


Gratuidade no consumo mensal de até 80 kWh para famílias beneficiárias da Tarifa Social de Energia Elétrica

 

Beneficiários:

  • Famílias do CadÚnico com renda mensal até meio salário-mínimo per capita.

  • Pessoas com deficiência ou idosos (65+) no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

  • Famílias indígenas e quilombolas do CadÚnico.

  • Famílias do CadÚnico atendidas em sistemas isolados por módulo de geração.


Os impactos previstos serão:

  • 17 milhões de famílias beneficiadas, cerca de 60 milhões de pessoas.

  • 4,5 milhões de famílias terão a conta zerada, cerca de 16 milhões de pessoas.

  • Custo de R$ 3,6 bilhões/ano, custeados pela CDE.

  • Aumento médio de 0,9% para os demais consumidores regulados.


Abaixo, o quadro de como é atualmente e como ficará:

Fonte: MME


Desconto Social de Energia Elétrica


Já o desconto busca melhorar e simplificar o atual sistema. A isenção será no pagamento da CDE no consumo mensal de até 120 kWh para famílias de renda per capita entre meio e um salário-mínimo.

A CDE é a Conta de Desenvolvimento Energético, encargo criado em 2002 para promoção do desenvolvimento energético do Brasil.


Os principais impactos serão:

  • 21 milhões de famílias podem ser beneficiadas, cerca de 55 milhões de pessoas.

  • 8,5 milhões de famílias já cadastradas no CadÚnico.

  • Redução de cerca de 11,8% nas contas de energia das famílias beneficiadas.

  • Aumento de 0,53% para os demais consumidores regulados.


Abertura do Mercado para todos os consumidores


Neste ponto, a abertura de mercado ocorrerá em um cronograma entre 2027 e 2028. A Liberdade de escolha para todos os consumidores de energia elétrica se tornará algo padrão para busca da redução do custo de energia.


O cronograma segue a tabela abaixo:


As Medidas Legais de suporte à abertura são:

  • Instituir encargo para pagar eventuais custos da sobrecontratação ou da exposição involuntárias das distribuidoras.

  • Induzir a modernização das tarifas, opções de tarifas horária, binomial, fixa, “pré-paga”, etc.

  • Autorizar a criação do Supridor de Última Instância – SuI.

  • Estabelecer a comercialização sem descontos no fio por aquisição de energia incentivada.


Equilíbrio para o Setor – Subsídios


Neste eixo, os subsídios que favorecem determinadas fontes, serão eliminados buscando um preço mais igualitário nas negociações de energia.


Os pontos serão:

  • Inclusão dos consumidores livres na base de adquirentes da produção de energia elétrica das usinas Angra 1 e 2.

  • Inclusão dos consumidores livres na base de consumidores que suportam os incentivos à geração distribuída por meio da CDE.

  • Distribuição equitativa da CDE pelo consumo.

  • Limitar a autoprodução equiparada à demanda mínima de 30.000 kW e à participação mínima exigida do grupo econômico de cada acionista no capital social, direto ou indireto, de, no mínimo, 30% do capital social total.

  • Limitar a extensão dos descontos de uso da rede (TUST e TUSD) para o segmento consumo.


De impacto mais relevante para os consumidores de até 1 MW médios que consomem energia incentivada, o último ponto é o de maior impacto, afinal, o desconto que é alocada na fatura FIO da distribuidora terá seu fim decretado.

O desconto será mantido nos contratos já firmados, mas para os novos, não haverá o desconto para o consumidor. Isso pode impactar a rentabilidade do Mercado Livre para os consumidores em um primeiro momento. No entanto, o consumidor poderá adquirir energia convencional (que em média, apresenta um custo de R$ 30,00/MWh menor) e, no médio prazo, redução da Tarifa TUSD.

A previsão da assinatura da MP estava para maio de 2025, no entanto, diversas entidades do setor pediram mais tempo para o a consulta pública e assim, a MP está adiada, por enquanto.


Cenário Meteorológico


O cenário meteorológico apresentou uma melhora em maio com previsão de chuvas em 83% da média para o Sudeste. Mesmo assim, o novo modelo disparou térmicas para manter os reservatórios e com isso, a bandeira amarela foi acionada.


Naturalmente, com o CMO e PLD mais altos, a curva de 2025 e 2026 apresentaram subidas.


 
 
 

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