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Situação meteorológica severa coloca o sistema elétrico em alerta com piores chuvas em 90 anos

O ano de 2024 será marcado como a pior temporada de chuvas no histórico de 94 anos do Sistema Elétrico. Com exceção de março/24, todos os demais meses as chuvas foram abaixo de 70% da média histórica.



Precipitação de chuvas oscilando e com difícil previsibilidade


Após temporadas de chuvas abundantes (21/22 e 22/23) e com algumas previsões de preços baixos se estendendo até 2026, o ano de 2024 vem se mostrado exatamente o oposto com a maioria dos meses apresentando chuvas até 50% abaixo da média histórica. Este cenário, nunca antes presenciado, traz ainda mais supressa após os dois períodos úmidos citados acima e com médias acima do esperado em vários meses.

Tal revés na meteorologia acendeu um alerta já em julho e vem levando a ações do Operador para preservar reservatório e manter o sistema atendido nos picos de calor.

O agosto de 2024 fechou com chuvas 60% abaixo da média para o mês, assim, o Sudeste/Centro-Oeste deverá ficar com 58%, o Norte deverá encerrar o mês com 50% e o Nordeste com 43% da MLT.

Para os níveis de reservatórios no fechamento do mês está alinhado com a previsão inicial divulgada no final de julho para o SE/CO e para o NE. No primeiro era esperado que em 31 de agosto alcançasse 55,2% do total, para essa revisão semanal o nível calculado está em 55,4%.

No NE passou de 56,8% para 56,2%. No Norte a diferença é maior, deplecionamento foi quase 4 pontos percentuais a mais do que esperado, passando de 84% para 80,2%.

Agora nenhum outro se comparou ao Sul, a estimativa inicial apontava encerrar agosto com 80,9%, mas agora o índice está em 66,8%.

Para setembro, a previsão também se mantém pessimista com os seguintes valores para médias de chuvas: estimativas de Energia Natural Afluente (ENA) para a próxima semana indicam o Sudeste/Centro-Oeste com 51% da Média de Longo Termo (MLT); Sul com 34%; Norte com 51% e Nordeste 44%.


ONS pode adotar critérios de operação menos restritivos para garantir abastecimento


Entre as ações sugeridas na reunião do CMSE desta terça-feira, 3 de setembro, está a articulação com a Agência Nacional de Águas e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis para a operação excepcional do reservatório intermediário da hidrelétrica Belo Monte, com vazão mínima de 10 m³/segundo, respeitadas as licenças e autorizações necessárias.

Também foi autorizada a continuidade do despacho das termelétricas Santa Cruz e Linhares ao longo de todo o mês de novembro, fora da ordem de mérito, em caso de reversão do despacho iniciado por ordem de mérito na revisão do Programa Mensal de Operação de setembro.

No final da manhã de hoje, o ministro Alexandre Silveira, descartou em conversa com jornalistas o acionamento de usinas térmicas fora da ordem de custo (GFOM) no curto prazo. (Fonte: CanalEnergia).


Despachos térmicos podem elevar ESS em 683%, projeta estudo


Levantamento da Consultoria Simple Energy, mostra que acionamento termelétrico devido à menor disponibilidade de recursos hídricos pode fazer encargo passar de R$ 55,7 milhões para R$ 436,5 milhões em agosto.

No estudo realizado pela empresa, o valor do Encargo de Serviços do Sistema (ESS) pode passar de R$ 55,7 milhões em junho para cerca de R$ 436,5 milhões em agosto, o que representaria um salto de 683,5%.

Isso ocorrerá pelo fato da menor disponibilidade de recursos hídricos para o atendimento à demanda de energia elétrica no horário de ponta, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vem antecipando cada vez mais o acionamento de termelétricas, inclusive a carvão.

Ainda, segundo o levantamento, a estimativa da variação percentual implica que um consumidor que pagou R$ 1,10/MWh de ESS em junho verá esse valor saltar para cerca de R$ 9,00/MWh em agosto.

A medida, em grande parte devido a razões elétricas e ao Unit Commitment, que envolve UTEs que permanecem em operação por conta de seu tempo de rampa, afeta todos os usuários de energia elétrica, com impacto imediato para aqueles do mercado livre.

Boa parte desse acionamento ocorreu para atender às demandas do sistema, em função de uma geração eólica muito baixa e uma carga elevada, tanto em julho quanto agosto. De acordo com os dados, apenas a usina Porto do Pecém gerou cerca de R$ 50 milhões em encargos em agosto.

A última vez que o ESS atingiu valores tão altos foi em dezembro de 2023, como é possível ver no gráfico acima.

Naquela época, o ONS despachou mais energia das UTEs por conta de ondas de calor que fizeram disparar o consumo de energia, pincipalmente no horário de ponta. Segundo a meteorologia, no Brasil, a temperatura pode atingir níveis recordes em setembro deste ano, registrando mais de 40ºC em alguns estados (Fonte: Simple Energy).


Conta de luz deve subir 7,61% em média em 2024, aponta TR Soluções


Variação média é explicada principalmente pelo aumento de 27% no Encargo de Energia de Reserva, 13% na CDE e 15% nos custos com a Rede Básica.

As tarifas residenciais de energia elétrica devem ter uma alta média de 7,61% em 2024. A projeção foi calculada pela TR Soluções, por meio do Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia (SETE). A variação média pode ser explicada principalmente pelo aumento de 27% no Encargo de Energia de Reserva, 13% na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e 15% nos custos com a Rede Básica.

Além disso, a redução de 12% dos créditos tributários alocados nas Tarifas de Energia (TE) e de 34% nos alocados na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) corrobora a percepção de aumento nos valores. Os cálculos consideram a média dos reposicionamentos de cada uma das 51 concessionárias de distribuição do país, ponderados pelos mercados de cada empresa.

Para tornar a projeção tarifária mais próxima da realidade, a TR Soluções estipulou também a distribuição de frequência dos reposicionamentos esperados. Em 2024 os consumidores residenciais devem perceber uma variação positiva de até 11,5% na maioria das concessionárias. Além disso, as tarifas de oito distribuidoras devem ser reduzidas em relação a esse ano e nove devem ter um reposicionamento superior a 14%. (Fonte: TR Soluções).


Preços Futuros


Com esse mix de fontes, precipitações e reservatórios, os preços da energia incentivada 50% para 2025 e 2026 se comportaram com volatilidade acentuada, conforme gráfico abaixo:



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